16 agosto 2015

Perdeu

Tempo! Tantas vezes a competitividade é tomada por competência em nossos relacionamentos, que até mesmo quem tem bem clara a diferença entre o ato da comparação e o saldo da contagem de pontos extras, acaba se deixando envolver.
Eu não posso competir, assim, gratuitamente somente porque sou desafiada, já vou avisando, pois estou envolvida demais com meu aprendizado e crescimento. Ainda mais por quem tem o costume. ainda mais pelos viciados. Não dou nem pro início, nestes caso, eu nem quero entender nem dedicar tempo e espaço para isso.
Eu sou flor sorrindo de pétalas ao vento.
Sou pedra rolando em cantante regato limpo.
Sou polenta bonita por ser amarela, borbulhando na promessa nutritiva.
Sou um rádio ligado nas manhãs de sábado.
Sou a alegria no banho de mar.
Sou a jornada diária pela estrada campestre.
O cheiro do mato depois da chuva
Do plástico novo na pasta escolar.
As cores pastosas, o boom da terebentina aberta depois de meses sem pintar.
Sou caminhar de mãos dadas com uma criança.
Ficar parada de mãos dadas com uma criança.
A conversa com uma amiga que não conhecia, na rua.
A cura de uma pequena doença através de um chá.
O receio pelo destino da humanidade.
A preocupação pelas minhas dívidas
A ansiedade pelas dúvidas
A reação imediata e o perdão certo.
Sou isso quando estou em mim e tantas coisas mais.
Mas não faço massagem, 
não tenho dinheiro, carrão sensacional, ninguém me assessora, não posso sustentar esquemas fabulosos de ostentação não posso viajar quando e para onde eu quiser, e eu tenho que decidir tudo sozinha.
Amanhã é segunda-feira e tenho que alimentar os bichos, lavar roupas, limpar a casa e estudar inglês - sozinha. 
Amanhã eu devo não sentir mais cólicas, devo sentir pressa e no final do dia sentirei canseira. 
Amanhã preciso fazer algo que prometi a alguém, ao menos iniciar, que era para ter feito no mês passado, mas que não fiz porque me envolvi em coisas maiores do que minha capacidade de resolver.
Amanhã - que tal se alguma coisa falha e eu tiro tempo para - escrever sobre a propriedade do Príncipe Charles com sua plantação de macieiras com mil variedades, e sobre o plano para redução do aquecimento global, lançado pelo Presidente Obama. Sobre o acordo do governo dele com o Irã, visando o não desenvolvimento de armas nucleares.
Se amanhã não puder fazer algo, sigo desenvolvendo as ideias, que me acompanharão até que estejam maduras.
Tudo tem um norte e um sentido, mas competir para ver quem tem mais bens que proporcionam qualidade, eu não tenho vontade, nem posso!
Eu passo a vez porque estou em paz no meu agosto, sei que o que é meu está guardado.
Eu nem sei porque certas pessoas insistem em competir, ao invés de cooperar. Decerto porque não podem cooperar e não possuem a humildade de pedir socorro, deduzo que é como aquele dito "gol, quem  não faz, leva!", então, será que quem não coopera para a leveza, é porque carece dela? 
Não apreendo o vício de competir por banalidades, no amor, na amizade, tornando tudo um inferno que não permite que ninguém seja o que é.
Que os grupos afinados compitam em seu jogo previamente acertado, não questiono, o que não gosto é quando me puxam pro fogaréu, decerto porque se irritam ao ver gente lendo em seu canto. Quietinho, parado, pensando.





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